sexta-feira, 3 de agosto de 2012
D. Crepúsculo
Dom Crepúsculo, envio essa carta informando do vosso falecimento às 17h54 nessa última tarde de inverno, numa quinta-feira, à beira do abismo psicótico. Enquanto conversava consigo mesmo, em prosa aos pseudoamigos que tanto lhe agradavam, surtaste sem mais razões do que a própria loucura e abriste mão da vida inperpétua que viveste.
Sem mais explicações, sem mais delongas, quero em primeiro lugar, apresentar o meu devido respeito à sua obra de morte, que construíste em meados da vida inteira, com tanto esmero e aprazado empenho sofisticado, que abriste a minha mente ao final do caminho... Teria noção da prazerosa companhia que foi perdida ao seu deleito? Teria noção da enorme ausência que meu próprio ser teve em construir e perder a maior criação do próprio ego? Agora é tarde, é inverno sustentado ao tempo e luto eterno do meu pensamento.
Adeus, meu caro pedaço de mim.
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