quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vaga-lumes


Prendo o traço, laço você comigo
Minha voz é alta, mas maltrata
Bagunça já é feita dentro de mim
Mas sempre, sempre foi assim!

Olhe, por quê? Parece uma desfeita
Não liga, me deseja, mas briga
Não satisfaz, mal faz, machuca
Se assim quer, por que não se disfaz?

E no encontro vaga-lumes
Que tanto vago o tempo é, precisa
Mas o instante que vale, sabe, trace
Já são passados e mal passados são.

Traça do piscar, por que não me diz?
São tantos momentos adormecidos
Que já pouco sou feliz, e eu fiz
Todos assim, porque assim, eu vim.

Mas vago é vago o lume, a luz
Penetra, mas discreta, seduz
Assim me cego eterno na cruz
E rimo por rimar, assim conduz.

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