quinta-feira, 9 de junho de 2011

Único


Não consigo me lembrar de nada
Não consigo dizer se isto é sonho ou realidade
Dentro de mim sinto vontade de gritar
Este terrível silêncio me impede

Agora que a guerra acabou comigo
Eu acordo e não posso ver
Que não resta muito de mim
Nada é real a não ser a dor agora

Prendo a respiração
Enquanto desejo morrer
Oh, Deus, por favor acorde-me

De volta ao útero é muito real
Para dentro injeta-se a vida que tenho de sentir
Mas não posso olhar para frente e imaginar
Ver a vida que terei

Alimentado por tubos enfiados em mim
Como num romance de guerra
Ligado a máquinas que me fazem existir
Tirem-me desta vida

Prendo a respiração enquanto desejo morrer
Oh, por favor, Deus acorde-me

Agora o mundo desapareceu, eu sou o Único
Oh, Deus, ajude-me a prender a respiração enquanto desejo morrer
Oh por favor Deus ajude-me

Trevas aprisionando-me
Tudo o que vejo: horror absoluto
Não consigo viver
Não consigo morrer
Preso dentro de mim mesmo
O meu corpo é a minha cela

Campo minado arrancou-me a visão
Arrancou-me a fala
Arrancou-me a audição
Arrancou-me os braços
Arrancou-me as pernas
Arrancou-me a alma
Deixou-me com a vida no inferno.

(James Hetfield / Lars Ulrich)

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