segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vossa Excelência - Dona Morte


Morte amada e desejada por muitos
Venha enquanto penumbro na noite
E todos os medos estão na carne
Para que eu possa saciar-te.

Quero sua face sombria junta a minha
Quero seu pavor junto ao meu amor
Quero tudo que a senhora não oferece
Para que eu possa oferecer-te.

Morte suave e tempestuosa,
Traga seu manto negro e sua foice
E todas as lágrimas que caíram,
Para que eu possa emocionar-me.

Quero seus momentos de paixão
Quero sua vida escrita na pele
Quero suas lembranças da infância
Para que eu possa igualar-me.

Morte, dona de tudo que não há
Dona de mim, de ti e de quem virá
Saiba que até mesmo nos dias de luz
Sua preciosa tarefa é que mais me seduz.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pedaços


Ontem, no vento, seu nome voava
Hoje, no passado, seu nome permanece
Pra sempre, pra todo o momento
Da vida de quem vive agora!

Aliás, a vida só se vive agora
O futuro não se vive, sonha-se com ele
Porém, nada temos dele, mentiroso
Nos enlouquece, entristece, mata-nos!

Pergunta-me! Quando esquecerei tua voz?
E responderei-te - NUNCA!
Chorando sem um amanhã, em pedaços
Sentindo sua falta, tudo é saudade!

Poeira é o condinome do que era 'nós'
Um 'nós' que nunca existiu...
Faz-me sonhar com dias perdidos,
Uma fantasia jogada ao acaso.

Pensamentos confusos, auto-estima baixa
E os pensamentos são em tua direção, que coisa
O único que consquistou e desistiu,
O gosto sempre será o mesmo, na memória...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Música


Gritos ecoaram junto com o campasso
Batidas se formaram ao longo do passo
Em que dava, por dar, surgia então
O que mais tarde chamariam de canção.

Por algum motivo sem razão ou paixão
Aqueles movimentos tomaram conta
Do meu coração, nobre ilusão,
Alimentei-me disso, um feitiço!

Deuses choravam enquanto eu cantava
Minha doce hamornia, tanto sorria,
Que pus-me a chorar, lamentar,
Quanto tempo perdera longe do lar...

Tudo isso crescia e crescia
Nem tão pouco descia, se quer
Um pequeno girassol não se apaixonava
Quando minha música era cantada!

A lua e as estrelas vieram cumprimentar-me
Pela obra grandiosa que fizera-me, rei
Entre judeus e ateus, reinou minha vontade
Já entre os contras... reinou minha maldade!

Porque fiz isso? Me pergunto...
Tantas coisas chegaram a mim
Já hoje não posso, não devo
Nem mesmo citar minha história de mentiras, sem rimas.

Viva a Vida


Eu costumava dominar o mundo
Oceanos se abriam quando eu ordenava
Agora pela manhã durmo sozinho
Varro as ruas que já foram minhas

Eu costumava jogar os dados
Sentir o medo nos olhos dos meus inimigos
Ouvir enquanto a multidão cantava:
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"

Em um minuto eu segurava a chave
No outro as paredes estavam fechadas contra mim
E eu descobri, que meus castelos se apoiavam
Sobre pilares de sal e pilares de areia

Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando
Corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo estrangeiro

Por algum motivo eu não posso explicar
Desde que você se foi, nunca mais houve
Nunca houve uma palavra honesta
Isso foi quando eu dominei o mundo

Era o vento malévolo e selvagem
Derrubou as portas para me deixar entrar
Janelas estilhaçadas e o som de tambores
O povo não podia acreditar no que eu havia me tornado

Revolucionários esperam
Pela minha cabeça numa bandeja de prata
Apenas um fantoche numa corda solitária
Oh, quem jamais desejaria ser rei?

Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando
Corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo estrangeiro

Por algum motivo que não sei explicar
Eu sei que São Pedro não chamará o meu nome
Nunca houve uma palavra honesta
Mas isso foi quando eu dominei o mundo

Ouço os sinos de Jerusalém tocando
Corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo estrangeiro

Por algum motivo que não sei explicar
Eu sei que São Pedro não chamará o meu nome
Nunca houve uma palavra honesta
Mas isso foi quando eu dominei o mundo...

(Chris Martin)

sábado, 9 de abril de 2011

Canto Para A Minha Morte


Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...

Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida!

(Raul Seixas / Paulo Coelho)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Chícara de Insanos


Tom de azul quando abro a janela
Sonho com tudo que está depois dela
E vejo a capela, pobre dela
Pouco alta quanto minha pequena janela.

Chega de janelas...

Tom de amarelo e branco na panela
Almoço ao meio-dia me lembra ela
Misturando a cor clara e singela
Formam-se olhos na minha panela.

Chega de panelas...

Tom de transparente no meu coração
Tudo sumiu, se foi com a canção
Mas mesmo assim necessito de paixão
Pra poder alimentar o coração.

Chega de corações...

Tom de negro na chícara de insanos
Pouco a pouco eu vejo alguns danos
Na lucidez, mostrem-me seus planos
Para que eu possa compreender vós, insanos.

Mais e mais insanos...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aqualung



Sentado em um banco de parque,
Olhando as garotinhas com más intenções
Ranho escorrendo de seu nariz
Dedos engordurados ensebando suas roupas rotas.
Hey Aqualung
Secando ao sol frio,
Assistindo enquanto as calcinhas frescas correm
Hey Aqualung
Sentindo-se como um pato morto
Cuspindo pedaços da sua sorte arruinada
Oh Aqualung

O Sol desponta frio
Um velho vagueia solitário
Passando o tempo
Do único modo que ele sabe
A perna doendo muito,
Enquanto ele se curva para pegar os restos de um lanche
Ele vai até o pântano
E esquenta seus pés.

Sentindo-se só,
O exército está pronto para a cavalgada
Salvação "à la mode" e
Uma xícara de chá.
Aqualung meu amigo
Não comece a ficar intranquilo
Seu pobre e velho apoio, você sabe, sou só eu

Você ainda se recorda
A geada nebulosa de dezembro
Quando o gelo que
Se grudava em sua barba
Estava gritando em agonia
E você lutava pelos seus últimos desesperados suspiros
Com sons de mergulhador de mares profundos,
E as flores desbrochavam
Como loucura na primavera.

O Sol desponta frio
Um velho vagueia solitário
Passando o tempo
Do único modo que ele sabe
A perna doendo muito,
Enquanto ele se curva para pegar os restos de um lanche
Ele vai até o pântano
E esquenta seus pés.

Sentindo-se só,
O exército está pronto para a cavalgada
Salvação "à la mode" e
Uma xícara de chá.
Aqualung meu amigo
Não comece a ficar intranquilo
Seu pobre e velho apoio, você sabe, sou só eu

Aqualung meu amigo
Não comece a ficar intranquilo
Seu pobre e velho apoio, você sabe, sou só eu

Sentado em um banco de parque,
Olhando as garotinhas com más intenções
Ranho escorrendo de seu nariz
Dedos engordurados ensebando suas roupas rotas.
Hey Aqualung
Secando ao sol frio,
Assistindo enquanto as calcinhas frescas correm
Hey Aqualung
Sentindo-se como um pato morto
Cuspindo pedaços da sua sorte arruinada.
Oh Aqualung...

(Ian Anderson / Jennie Anderson)

domingo, 3 de abril de 2011

Eu Só Quero Você


Não existem portas que não podem ser destrancadas
Não existem guerras que não podem ser vencidas
Não existem erros que não possam ser concertados ou canções que não possam ser cantadas
Não existem vantagens imbatíveis
Não existem Deuses confiaveis
Não existem nomes não nomeados
Devo dizer isto novamente?
Não existem sonhos impossíveis
Não existem costuras invisíveis
Toda noite quando o dia termina
Eu não peço muito
Eu só quero você
Eu só quero você

Não existem crimes não criminosos
Não existem rimas que nao rimem
Não existem gemeos identicos ou pecados perdoaveis
Não existem males incuraveis
Não existem emoções que nao possam ser destruídas
Uma coisa e você sabe que é verdadeira
Eu nao peço muito
Eu só quero você
Eu só quero você

Estou doente e cansado de estar doente e cansado
Eu costumava ir para a cama dopado
Acho que vou comprar água plástica
Eu acho que deveria ter casado com a filha de Lennon
Não existem metas inatingíveis
Não existem almas q não possam ser salvas
Sem reis e rainhas legitimas
Você sabe o que eu quero dizer?

Não existem verdades indicutíveis
E não tem fonte da juventude
Toda noite quando o dia termina
Eu não peço muito
Eu só quero você
Eu só quero você

(Ozzy Osbourne / Jim Vallance)

Sem Mais Lágrimas


A luz na janela é uma rachadura no céu
Uma escadaria até a escuridão, em um piscar de olhos
O amanhecer de lágrimas para aprender, que ela nunca vai voltar
O homem no escuro trará um outro ataque

Sua mamãe lhe disse que você não deveria falar com estranhos
Olhe no espelho e me diga se você acha que sua vida está em perigo,

Sem mais lágrimas

Outro dia passa assim que a noite se aproxima
A luz vermelha se acende para dizer que é hora de começar

Eu vejo o homem na esquina esperando, ele pode me ver?
Fecho meus olhos e espero ouvir o som de alguem gritando aqui

Sem mais lágrimas

É só o sinal dos tempos
Indo para trás em modo reverso
Ainda
É ele que ri por ultimo
É apenas uma mão no arbusto

Então agora que está acabado, podemos apenas dizer adeus?
Eu gostaria, eu gostaria
Eu gostaria de seguir em frente, fazer o máximo da noite
Talvez um beijo antes de te deixar desse jeito
Seus lábios são tão frios, Eu não sei mais o que dizer

Eu nunca quis terminar assim meu amor, minha querida
Acredite em mim quando digo que acho que estou me apaixonando aqui

Sem mais lágrimas

É apenas uma mão no arbusto.

(Ozzy Osbourne / Zakk Wylde / Randy Castillo / Michael Inez / John Purdell)