segunda-feira, 14 de março de 2011

Poesia ²


Quem me dera tudo fosse tão lindo
Como um simples fato de imaginação
Quem me dera tudo fosse tão triste
Como um simples quebrar de coração

E as coisas nunca serão as mesmas
No dia em que a poesia nascera
E os rios não terão o mesmo fluxo
No dia em que eu ti perdera

Aos parnasianos o meu encanto
De quem nunca morrerá sob a arte
Aos românticos o meu pesar
De quem nunca sofrerá sob a morte

Não me abandonará perante a solidão?
Não me crucificará perante a engratidão?
Quando os raios de sol deixarem o dia
Assim a lua trará minha noite de paixão

Palavras impensadas que afundam meu semblante
Na aurora da vida de um simples amante
Eu fui além do que alguém poderia chegar
E hoje estou apenas a clamar sobre o mar

Se foi todo o meu ar ao respirar profundo
Aos gritos que ouço das mortes do mundo
E no céu eu deitarei caladamente,
Que a poesia viva eternamente!

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