segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Toda Minha


















Vejo que sou eu mesmo,
Quem cria a agonia e a alegria
Sou meu Deus, sou o mundo
Sou meu sol e a chuva
Sou o egoísmo em pessoa.

Sou o tudo e o nada
Sou a dor na madrugada
Sou o abismo e o paraíso
Sou quem criou você
E criei bem demais...

No mais, ainda alimentei
Te tratei como minha
Te abracei e sonhei
Hoje é minha vida,
Inventada e exagerada
É meu espelho e cópia.

Mas você me deixa,
Me esquece, teu criador,
Teu amor, teu romance
E todo teu, já que é meu
Minha criatividade mais livre,
Mais pura e crítica.

Real mesmo é isso,
Minha poesia, minha magia,
Tudo que escrevo
Minha vaidade pública.

Seus olhos tão irreais
Que sempre me dizem mais
Vejo logo que não são,
Não existem, pois tão belos
Não existirão jamais,
Minha nobre invenção, sem mais.

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