sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Meu Guarda-Chuva
O céu já dizia
que por mais
tardio
que fosse
à todos
molharia;
acontece
que não
demorou,
as primeiras
gotas
de manhã
já molhou
e apenas
um
guarda-chuva
no meio
de dois
ficou.
em meio
ao vai e vém
do pobre
objeto,
os dois
sentaram
e prosearam;
o clarão
dos relâmpagos
assustava,
a hora
passava
e o ônibus
nem esperava,
por mais tempo
ele ali
ficava; (sem se importar)
mas a hora,
como tudo
na vida,
chegou
e então
caminharam
lado a lado
até
a despedida;
ela
virou-se
e
ao
partir,
o vento
fez-se
rir
destruindo
o guarda-chuva;
naquela tarde
um lindo
crepúsculo
sorriu
do outro lado
do mundo.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Aurora de Primavera
Deitar-te
sobre um verde
sereno
para
abraçar-te
em meus braços
morenos.
Afagar-te
os cabelos
ao vento
para
felizar-te
apenas
um momento.
Olhar-te
com suspiros
plenos
para
contentar-te
em sentimentos
amenos.
Amar-te
sem mais
medos
para
descobrir-te
todos
segredos.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Banal
Tenho medo
de querer
algo que
não se deve
querer;
pois quando
eu quero
até
o padre
curva
a chuva
para
o sol
se esconde
a lua
clara;
a vida acha uma graça,
mas logo passa...
depois
fico
meio
assim,
sem saber
de nada,
pensando
sentado
na
privada.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Esqueleto do Amor
Sonhei
e lá de cima
do infinito
ouviu;
despencou
da montanha
do universo
e caiu;
um anjo
sem asas
na esquina
surgiu;
uma flexa
no meu
coração
feriu;
devolvi
retruquei
lancei
sorriu.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Caveira na Estante
Sete mil vítimas
das sete mil
doses
de
pôr do sol
primaveril
que ostentaram
algo mais
que o sonho
indiferente
no gole de chá
de camomila
às sete da manhã
de um domingo
doloroso
que dizia
ao vento:
"as faces
do destino
são distintas,
parecem
interessantes
e o são,
mas são antes,
ilusão".
a caveira na estante
observara
sem
dizer
absolutamente
nada;
parecia-me
a morte
suplicando
ao divino
por apenas
uma dose
daquelas
sete mil vitimas
vitimadas
pelo
pôr do sol
primaveril
que ostentava(...)
ilusão".
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Porcos de Guerra
Generais reunidos em suas massas
Como bruxas numa massa negra
Mentes diabólicas que tramam destruição
Feiticeiros de criação de morte
Nos campos os corpos queimando
Enquanto a máquina de guerra continua agindo
Morte e ódio à humanidade
Envenenando suas mentes com lavagem cerebral
Oh, Senhor yeah!
Políticos se escondem
Eles apenas iniciaram a guerra
Por que eles deveriam sair para lutar?
Eles deixam isso para pobres, yeah!
O tempo vai mostrar a força nas suas mentes
Fazendo guerra só por diversão
Tratando as pessoas como peões de xadrez
Espere até que dia do julgamento deles chegue, yeah!
Agora na escuridão, o mundo para de girar
Cinzas onde os corpos deles queimavam
Sem mais porcos de guerra no poder
A mão de Deus marcou a hora
Dia do Julgamento, Deus está chamando
Ajoelhados, os porcos de guerra estão rastejando
Implorando perdão por seus pecados
Satã, gargalhando, expande suas asas
Oh, Senhor yeah!
(Butler/ Iommi/ Ward/ Osbourne)
domingo, 7 de outubro de 2012
Ponte
Vê se me tira!
Vê se me tira daqui! Vê, vê se me atira!
Vê se me atira
aqui.
Vê se me sente!
Vê se me sente assim!
Sente assim? Vê?
Vê se sente, me atira e tira daqui!
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
A Lista
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?
(Oswaldo Montenegro)
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Diz amor
Pra que irei
me perder
agora
se já
lá fora
você não
está?
Pra que vou
me jogar
no vento
se já
você
não sabe
soprar?
Pra que deter
o tempo
se já
relento
você
parece
ser?
Pra que ficar
feliz
na véspera
se já
adianta
a vida
você
pra mim?
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