quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Não Lembro
Escrevi e não vou apagar
Se apagar não lembro mais
E nada bom da cabeça estou
Não lembro daqui, onde estou
Se vivi ou se sonhei
Esse momento que acabo de lembrar
Se é loucura já não sei falar
Mas me lembro de matar
Certo alguém dentro de mim
Se fiz assim
Espero que esteja bem feito
Pois suspeito que com defeito
Ficou, não me lembro de quem é
Mas lembro que não era
Quem pensei que fosse
Aliás nem pensei que fosse
Ou me esqueci que foi
Pra mim, o principal da história
O protagonista nessa memória
Fui eu, já que lembro de mim
Porque penso agora
Outrora não lembro
Se fui um só com alguém
No momento que invento.
Não é Fácil
Não é fácil
Não pensar em você
Não é fácil
É estranho
Não te contar meus planos
Não te encontrar
Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado
Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil
Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver
Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil
Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado
O que eu faço
O que posso fazer?
Não é fácil
Não é fácil
Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz
Do que qualquer mortal
Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil
É estranho...
(Marisa Monte)
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Escurecer
A vida parece desaparecer
Esvaindo-se todos os dias
Me perdendo dentro de mim mesmo
Nada importa, ninguém mais
Eu perdi a vontade de viver
Simplesmente nada mais a oferecer
Não há nada mais para mim
Preciso do fim para me libertar
As coisas não são mais como costumavam ser
Faltando alguém dentro de mim
Mortalmente perdido,isso nao pode ser real
Não posso suportar esse inferno que sinto
O vazio está me preenchendo
Ao ponto da agonia
As trevas crescem tomando a aurora
Eu era eu mesmo, mas agora se foi
Ninguém além de mim pode me salvar, mas já é tarde demais
Agora eu não consigo pensar, pensar por que eu deveria tentar
O ontem parece nunca ter existido
A morte me recebe calorosamente, agora eu vou apenas dizer adeus.
(Ulrich/ Hetfield)
domingo, 18 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
Divino
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Queria Que Você Estivesse Aqui
Então,
Então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir um campo verde
de um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?
Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Um papel de coadjuvante na guerra
Por um papel principal numa cela?
Como eu queria, como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre este mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui
(David Gilmour/ Roger Waters)
domingo, 11 de setembro de 2011
Nostalgia
Um mergulho no azul
E me sinto nú
Não me sinto mais aqui
Onde hei de estar
Onde tenho de estar
Pois devia viver aqui
E não no reflexo
Em que a água mostra os postes,
Os porta-retratos,
Os carros passados,
Não vividos, sentidos apenas.
Busque à mim mesmo
Hoje à noite
Nessa imitação da vida
Perdida, comida pela memória
Sofrida, amanhã temida,
Por hoje ser passado
E viver eternamente
Nessa nostalgia.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa)
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Versos Perdidos
De mim,
Sei tudo com perfeição.
De você,
Mal sei se está aqui
Ou em outra direção.
De você,
Sei que amo de paixão.
De mim,
Mal sei se gosto
Ou vendo o coração.
________________________
Lembro da infância
Com ânsia
Gosto de ar quente
Memória de demente.
E nada mais eu lembro
Só vejo alguns remendos...
_________________________
Não me satisfaz
O tratamento com desdém
Que me fez assim, viver,
Esse momento de embriaguez.
domingo, 4 de setembro de 2011
Sol de Primavera
Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender...
(Beto Guedes)
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